Santa Bárbara adere à Semana Estadual de Prevenção e Controle da Leishmaniose Visceral
Saúde
Publicado em 08/08/2022

A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste promove entre os dias 8 e 12 de agosto a Semana de Prevenção e Controle da Leishmaniose Visceral. A iniciativa é realizada pela Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com os municípios. Durante toda a semana, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) fará orientações aos proprietários durante a vacinação antirrábica no setor, divulgação sobre a Leishmaniose Visceral aos médicos veterinários em clínicas veterinárias e nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), por meio da entrega de materiais informativos e Salas de Espera Ativas.

A Leishmaniose Visceral é uma doença infecciosa de desenvolvimento lento, causada por protozoários do gênero Leishmania, que acomete pessoas e animais. O parasita é transmitido pela picada de um mosquito contaminado, o Lutzomyia longipalpis, mais conhecido como “mosquito palha”. Esse mosquito vive nas proximidades das residências, geralmente em locais úmidos, com sombra e acúmulo de material orgânico, principalmente restos de alimentos, fezes de animais, folhas e frutos apodrecidos.

Segundo o CCZ, até o momento não há comprovação da presença do vetor, o mosquito palha, no Município. Os principais animais acometidos pela doença são os cães, entretanto eles não transmitem a doença diretamente ao homem. Quando contaminado pela picada do mosquito, o animal torna-se o reservatório da doença, podendo desenvolver os sintomas.

Casos em felinos são raros, mas podem ocorrer. Animais silvestres, em menor escala, também podem ser acometidos pela doença, como os tamanduás, raposas e roedores.

Sempre que o CCZ é notificado pelos clínicos veterinários sobre algum caso positivo para Leishmaniose Visceral Canina realiza a investigação entomológica no local.

Sintomas

Os cães acometidos podem apresentar, entre outros sintomas: apatia; emagrecimento; onicogrifose (crescimento exagerado das unhas); descamação; úlceras na pele, com presença de lesões principalmente em ponta de orelhas, ao redor dos olhos e focinho.

Nos seres humanos, os sintomas também são inespecíficos e incluem: febre prolongada; anemia; emagrecimento; fraqueza; cansaço; aumento do baço e fígado; diarreia; inflamação dos linfonodos; entre outros.

Em casos de suspeita da doença, o responsável pelo animal deverá procurar atendimento médico veterinário, e o profissional deverá notificar ao CCZ sobre o caso suspeito ou positivo da doença. No caso da pessoa apresentar suspeita, deverá procurar por atendimento nos serviços de saúde.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico da Leishmaniose Visceral é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais. O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece diagnóstico e tratamento gratuito para a doença nos humanos. Em relação aos animais, como medida de saúde pública, o Ministério da Saúde recomenda a eutanásia dos cães acometidos. Entretanto, atualmente existe tratamento disponível autorizado pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e cabe ao proprietário do animal, com orientação do médico veterinário, optar pelo mesmo. Vale ressaltar que o tratamento nos cães não elimina totalmente o parasita, apenas diminui sintomas clínicos no animal doente.

Prevenção

A prevenção da Leishmaniose Visceral, seja em pessoas ou animais, ocorre principalmente pelo combate ao mosquito vetor, por meio de medidas de higiene ambiental, que incluem o destino adequado do lixo orgânico e a limpeza periódica dos quintais, com retirada da matéria orgânica em decomposição. Recomenda-se também não criar porcos e galinhas em ambiente urbano.

Em áreas endêmicas, deve-se manter os cães com coleiras repelentes, evitar passeios com os animais no período crepuscular (no amanhecer e no anoitecer) e mantê-los em ambientes telados.

Atualmente existe uma vacina regulamentada pelo MAPA para uso em cães, porém ela não oferece 100% de proteção aos animais vacinados. Por isso, recomenda-se sempre associar a vacinação às medidas de prevenção.

A vacinação, o atendimento e tratamento da doença em animais estão disponíveis apenas em clínicas veterinárias particulares.

Em caso de dúvidas sobre a doença, o cidadão pode entrar em contato com o CCZ pelo telefone 3454.4020 ou pelo e-mail: ccz.saude@santabarbara.sp.gov.br

Vacinação contra a Raiva

Outra doença que acomete os animais é a raiva. A vacinação antirrábica gratuita é realizada durante todo o ano no Centro de Controle de Zoonoses de Santa Bárbara d’Oeste. Cães e gatos acima de três meses sadios devem ser vacinados anualmente. Para a imunização, é necessário o agendamento prévio, de segunda a sexta-feira das 7h30 às 16 horas, pelo telefone 3454.4020.

 

Responsável: (Imprensa)

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