Santa Bárbara d’Oeste, 4 de dezembro de 2018
Oi meu irmão barbarense! Faz tempo que não escrevemos um ao outro. Nos dias atuais, com a correria, as pessoas ficaram distantes. Não se falam, não lembram ou celebram datas.
Hoje é um dia diferente. Tão diferente que quero aqui relembrar algumas coisas. Inclusive hábitos nossos. Vem cá, vamos conversar!
Terça-feira, 4 de dezembro. Hoje a nossa terra completa 200 anos.
Dois séculos. Um Bicentenário!
Meu irmão barbarense, nascido aqui ou que escolheu esse chão para crescer e viver, você se lembra como a nossa cidade era em décadas passadas? Diferente de hoje, não é?!
Na Praça, os homens andavam para um lado, as mulheres para outro. Tinha a sessão no Cine Santa Rosa e no Cinema do Padre. Tinha o trem da Fepasa.
Lembra do Legório e a garotada boa do futebol? Lembra do pessoal da bicicleta, pedalando e competindo por aí? E aquele terrenão onde a criançada empinava papagaio? O pessoal ralava o pé brincando de golzinho na rua. Brincava de taco também. A molecada cortava o cabelo no Nelson Barbeiro e de quebra concorria a uma TV ou aparelho de som 3 em 1.
Aí, quando ficava com fome, ia todo mundo na Padaria do Gordo ou na Pastelaria Barbosa. No Santo Sorveteiro tinha a delícia do sorvete de ameixa. Ali na Praça tinha também mesas do Ita’s, o pessoalzinho mais jovem no Sanducha, a Fonte dos Presentes, Foto Strazdin, Discoteca Amaral, Bazar das Novidades, a Casa Eva...
Que saudade!
Aqui muita gente estudou na Escola de Comércio, fez curso de datilografia, cursou Açúcar e Álcool, fez Senai. Viveu seus melhores dias no Magui, no Ulisses, no Emílio Romi, no Coronel, no Gabriel…
E sabe o que é legal? Que tudo isso que eu vivi, que você viveu e que a gente lembra com carinho e emoção, muita gente vive de uma forma diferente hoje. A Santa Bárbara antiga deu lugar a uma cidade moderna, cheia de vitalidade e boa de viver!
Meu neto veio falar comigo dias atrás. Estávamos tomando um café e ele falou. “Vô, dá uma olhada o tanto de coisa que tem na nossa cidade! Tem carinho e cuidado”.
Eu me emocionei ao ver o orgulho dele por SBO. É, ele falou SBO ao falar da cidade. Eu achei legal! Ele comentou que recebeu uns amigos de fora na casa dele e o pessoal gostou da Romi-Isetta lá no Santa Rita. Gostou da Praça do São Francisco, da cidade bem cuidada. Eles andaram lá no Jacarandás e viram um baita desenvolvimento ali na Avenida Santa Bárbara. Loteamento pra lá, pra cá, prédios sendo erguidos. Acharam o máximo a nova Biblioteca bem do ladinho de um baita Terminal. “Vô, eles falaram que é coisa de cidade grande!”
Aí eu lembrei com ele outras coisas. O antigo rapadão que virou a nova Praça da Migração, a pujança da Avenida da Indústria, a Avenida São Paulo e seu prolongamento, as novas pontes, a Monte Castelo, a Corifeu bonita, as obras de Saúde e Educação, os novos ônibus… “Caramba vô! A cidade está bem da hora”, concluiu.
É irmão, 200 anos não é qualquer coisa. Acho que vivemos muita coisa boa e hoje, graças a Deus, temos uma cidade para morar com tranquilidade, descansando após cumprir nossa etapa. E me dá um sentimento tão bom saber que meus filhos, netos e as próximas gerações de barbarenses têm à disposição uma cidade que vive seus melhores dias, pronta para o futuro.
É por isso que eu falo. Honrando nossa história, dos nossos pais e avós, construímos uma cidade melhor. Agora, vamos celebrar o presente e passar o bastão para as próximas gerações. A esperança é de um lindo futuro.
O tempo anda pra frente. Sempre. A vida passa rápido, voa!
Parabéns para todos nós!
Um barbarense
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Responsável: (Imprensa)